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A qualidade da relação entre médico e paciente pode afetar resultado de tratamentos médicos?

Quando um confia e acredita no que o outro diz, as consultas se tornam mais produtivas e o ânimo de ambas as partes tende a se elevar.

É comum que pacientes apresentem alguma resistência, ainda mais no início de um tratamento, por não se sentirem confortáveis para falar de seus problemas com alguém que mal conhecem. Por isso, acabam muitas vezes sendo resistentes e não totalmente verdadeiros com o médico, o que, naturalmente, pode atrapalhar o diagnóstico, o tratamento ou o processo de recuperação.

Médico precisa se comunicar com paciente para fazê-lo ter confiança de seguir com tratamento

De acordo com o urologista Bruno Cezarino, a falta de honestidade do paciente para com o médico pode mascarar um diagnóstico e até levar a equívocos graves, inclusive com tratamentos desnecessários. “Isso frequentemente ocorre nos casos em que os acompanhantes do paciente se recusam a deixá-lo à vontade para se expressar ou quando o paciente omite situações clínicas por considerá-las vexatórias”, diz o médico.

Cabe então ao profissional despertar naquele que se consulta a confiança necessária para se dispor completamente ao tratamento, com desejo real de progresso. “O médico que assiste o doente e se torna responsável pelo tratamento deve ter um extenso arsenal de comunicação com o paciente, tanto no sentido de prover a confiança necessária para o seguimento, quanto para conseguir explicar com clareza e sutileza determinada doença”, completa.

Omissão de dados sobre a doença dos pacientes por médicos não é recomendada

Bruno cita ainda os casos em que o médico opta por omitir dados sobre a doença do paciente para poupá-lo de sofrimento ou por achar que ele não teria entendimento suficiente sobre a doença. “Esse é um dos piores equívocos que podem ocorrer na relação médico-paciente”, afirma o urologista. “Tanto erros de raciocínio clínico, quanto quebra de confiança do doente em seu médico são prejudiciais”, conclui.

Bruno também faz questão de deixar claro que o médico não pode obrigar um paciente a seguir o tratamento proposto. O ideal é utilizar de estratégias que o façam querer isto por conta própria. “Normalmente falamos do potencial de melhora que o paciente pode usufruir se seguir o tratamento, ressaltamos os sintomas atuais do paciente e, eventualmente, entramos em contato com os familiares para ajudar, em caso de resistência”, explica.

Matéria extraida de entrevista no site: www.cuidadospelavida.com.br

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