Reimplante ureteral: quais os cuidados pré operatórios?
Confira neste artigo as principais informações sobre esse procedimento cirúrgico uropediátrico
Diferentes são as condições médicas que podem acometer o sistema urinário de bebês e crianças. A maioria dessas condições é congênita, ou seja, já está presente no momento do nascimento da criança.
Em alguns casos, é possível aguardar o desenvolvimento da criança, pois com o passar do tempo, o quadro clínico regride naturalmente. Assim, apenas o acompanhamento de um urologista pediátrico associado a um tratamento conservador, como a medicação, é suficiente para que a condição médica seja controlada e, até mesmo, corrigida.
Porém, dependendo da gravidade do quadro clínico ou da condição médica apresentada pelo paciente, o tratamento conservador pode não oferecer os resultados esperados ou não ser suficiente para tratar a patologia. Nesses casos, para evitar complicações futuras e prejuízos ao sistema urinário, o especialista recomenda que seja realizado um procedimento cirúrgico para o tratamento.
Um desses procedimentos cirúrgicos indicado por especialistas para correção e tratamento de condições médicas urológicas que acometem bebês e crianças é o reimplante ureteral. Reunimos neste artigo algumas informações sobre como este procedimento cirúrgico é realizado e alguns dos cuidados pré operatórios necessários.
Reimplante ureteral
Algumas condições médicas urológicas podem acarretar em infecções, dor intensa e prejuízo na funcionalidade do sistema urinário. Nesses casos, após avaliação do paciente, o urologista pediátrico pode recomendar que seja realizado um procedimento cirúrgico para tratamento e correção do problema que está ocasionando a condição médica.
O reimplante ureteral é uma das opções de procedimento cirúrgico disponível para o tratamento de diferentes patologias do sistema urinário, como o refluxo vesicoureteral e estenose (estreitamento) da porção terminal do ureter.
Este procedimento cirúrgico é escolhido pelos especialistas para o tratamento de pacientes que apresentam obstrução da parte final do ureter, o que pode impactar no fluxo urinário e desencadear diferentes complicações em todo o sistema urinário, alterações nas funções renais podendo causar, inclusive, insuficiência renal.
O reimplante ureteral é realizado em duas etapas. Na primeira, o urologista pediátrico realiza um corte na porção do ureter que apresenta a alteração para sua retirada. Em seguida, na segunda etapa, o especialista faz a reconstrução do ureter e restabelece sua conexão com a bexiga urinária, permitindo assim que o fluxo urinário seja normalizado, garantindo a funcionalidade do sistema urinário e a preservação das funções renais.
Abordagens cirúrgicas do reimplante ureteral
O reimplante ureteral pode ser realizado por três diferentes abordagens cirúrgicas:
- Cirurgia tradicional ou aberta: este é o tipo de procedimento cirúrgico mais conhecido, mas com o passar dos anos, tem sido cada vez menos usado, pois o pós operatório costuma ser demorado e mais doloroso para o paciente;
- Cirurgia por laparoscopia: procedimento minimamente invasivo, realizado com o auxílio de equipamentos e uma câmera para guiar o urologista pediátrico ao longo do procedimento; pós operatório pouco dolorido, breve e com taxas altas de sucesso;
- Cirurgia robótica: procedimento cirúrgico moderno, minimamente invasivo, com pós operatório breve e indolor; este tipo de procedimento permite uma reconstrução mais precisa do ureter.
A abordagem cirúrgica a ser realizada em cada paciente será determinada pelo urologista pediátrico que irá avaliar fatores como gravidade do quadro, condição clínica e idade do paciente, entre outros.
Cuidados pré operatórios do reimplante ureteral
O primeiro passo, e mais importante, é buscar a avaliação de um urologista pediátrico. Na primeira consulta, o especialista irá investigar o histórico de vida do bebê ou da criança e fará diversas perguntas aos pais ou responsáveis para compreender melhor o quadro clínico apresentado pelo paciente. Além disso, o médico realizará um exame físico para avaliar os sintomas apresentados pelo paciente.
A partir disso, o urologista pediátrico solicitará que os pais ou responsáveis levem o paciente para realizar exames de imagem e ou laboratoriais, o que auxiliará na determinação do diagnóstico.
Com os resultados dos exames somados aos dados coletados na primeira consulta, o uropediatra determina então se o paciente deve ser submetido a um reimplante ureteral ou não e orientará seus pais ou responsáveis sobre os próximos passos para preparação da cirurgia.
- Exames complementares: como para qualquer procedimento cirúrgico, para o reimplante ureteral é solicitada a realização de exames complementares para que o urologista pediátrico, junto ao anestesista, possam avaliar a condição clínica do paciente e determinar se ele está apto ou não a passar pelo procedimento;
- Consulta com urologista pediátrico e anestesista: essa etapa é importante para que os pais e responsáveis possam compreender todas as informações sobre o procedimento e tirar todas as dúvidas com os especialistas que aproveitam o momento para ressaltar a importância da realização do reimplante ureteral para tratar a condição médica apresentada pelo paciente. Durante esta consulta, tanto o urologista pediátrico responsável pelo reimplante ureteral como o anestesiologista, explicam aos pais ou responsáveis o passo a passo, desde a chegada ao hospital até a saída; passando pela anestesia, centro cirúrgico, curativos, cuidados pós operatórios entre outras informações;
- Jejum absoluto de 8h: devido ao uso de anestesia, o jejum absoluto de 8h no dia do procedimento é obrigatório.
Compreender como um procedimento cirúrgico é realizado e a importância dele para o tratamento de uma condição médica, assim como, escolher um especialista experiente, são passos fundamentais para garantir a segurança do paciente, principalmente em casos pediátricos. Agende aqui sua consulta com um urologista pediátrico para avaliação e tire todas suas dúvidas sobre o reimplante ureteral.