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Criptorquidismo: Como Saber se O Testiculo do Bebê Não Desceu?

Entenda o criptorquidismo e descubra os sinais importantes que podem indicar que o testículo do seu bebê não desceu, garantindo assim a saúde e o desenvolvimento adequado do seu filho!

O desenvolvimento saudável do bebê é uma preocupação constante dos pais e responsáveis. 

Entre as condições que podem surgir, o criptorquidismo, que ocorre quando os testículos do bebê não descem adequadamente, pode gerar dúvidas e preocupações. 

Compreender essa condição é essencial para identificar precocemente o problema e buscar o tratamento médico adequado.

Sumário

  • O que é Criptorquidismo em Bebê?
  • Criptorquidismo: Como Saber se O Testículo do Bebê Não Desceu?
  • Criptorquidismo em Bebê é Perigoso? Quais são as Consequências?

Explore os tópicos a seguir para entender melhor o que é o criptorquidismo, como identificá-lo e quais são suas possíveis consequências.

O que é Criptorquidismo em Bebê?

Criptorquidismo é uma condição em que um, ou ambos os testículos do bebê, não descem para a bolsa escrotal até o momento do nascimento, como esperado. 

Durante o desenvolvimento fetal, os testículos se formam dentro do abdômen e, ao longo da gestação, começam a se mover em direção ao escroto. Esse processo normalmente é concluído nas últimas semanas de gravidez. Porém, em alguns casos, os testículos podem ficar presos no abdômen, na virilha ou em algum ponto intermediário, impedindo que alcancem o escroto, o que caracteriza o criptorquidismo.

A condição é mais comum em bebês prematuros, pois a descida dos testículos costuma ocorrer nos últimos estágios da gravidez. Estima-se que até 30% dos bebês prematuros podem apresentar criptorquidismo, enquanto entre os bebês a termo, a prevalência varia de 2% a 5%. 

Em alguns casos, o testículo que não desceu pode descer espontaneamente nos primeiros meses de vida, mas, se isso não ocorrer até os seis meses de idade, é importante procurar orientação médica para avaliar a necessidade de tratamento. Quando a descida dos testículos não acontece de forma natural, a maioria dos especialistas recomenda que a correção do criptorquidismo seja feita entre os 6 e 12 meses de vida.

O criptorquidismo pode ser unilateral (afetando apenas um testículo) ou bilateral (afetando ambos os testículos) em, se não tratado, pode resultar em complicações no futuro.

Criptorquidismo: Como Saber se O Testiculo do Bebê Não Desceu? 

Identificar o criptorquidismo em bebês pode ser feito através de observações simples e consultas com o uropediatra. A

baixo estão os principais sinais e maneiras de verificar se o testículo do bebê não desceu corretamente:

Exame ao nascer

  • Durante o exame físico logo após o nascimento, o uropediatra verifica a presença dos testículos na bolsa escrotal. Esse exame é uma prática rotineira para avaliar o desenvolvimento genital.
  • O médico apalpa cuidadosamente o escroto para verificar se os testículos estão corretamente posicionados. Se o testículo estiver ausente, é um indicativo de criptorquidismo.

Observação dos pais

  • Os pais podem notar, durante a troca de fraldas ou o banho, que a bolsa escrotal do bebê parece vazia ou menor de um lado.
  • Um escroto vazio ou subdesenvolvido pode ser um sinal de que o testículo não desceu corretamente.

Testículos retráteis

  • Às vezes, o testículo pode ser "retrátil", o que significa que ele sobe de volta para a virilha devido a uma resposta reflexa ao toque, temperatura, medo ou riso. Isso pode fazer parecer que o testículo não está presente.
  • Um médico pode apalpar o testículo retrátil e, em muitos casos, ele pode ser facilmente movido para o escroto com a mão. Este não é considerado criptorquidismo, mas exige acompanhamento.

Consulta com o uropediatra

  • Se houver dúvidas ou sinais de criptorquidismo, é essencial uma consulta com o uropediatra. O especialista fará um exame físico mais detalhado e, se necessário, pedirá exames complementares.
  • A observação do uropediatra ao longo dos primeiros meses de vida do bebê é muito importante, já que, em alguns casos, o testículo pode descer naturalmente até os seis meses de idade.

Ultrassonografia ou exames de imagem

  • Em casos mais complexos, onde o médico não consegue sentir o testículo, pode ser solicitado um ultrassom ou outro exame de imagem para localizar o testículo não descido.
  • Exames de imagem podem ajudar a confirmar se o testículo está na virilha ou no abdômen e orientar o tratamento adequado.

Importância de detectar cedo

  • Detectar o criptorquidismo cedo é importante para evitar complicações futuras, como infertilidade ou problemas de saúde relacionados ao desenvolvimento testicular.
  • O tratamento precoce, se necessário, é fundamental para garantir o desenvolvimento adequado do sistema reprodutivo do bebê.

Assim, tanto a observação dos pais quanto a avaliação médica de um uropediatra, são fundamentais para identificar o criptorquidismo. Quanto mais cedo a condição for detectada, melhores as chances de tratamento e desenvolvimento saudável.

Criptorquidismo em Bebê é Perigoso? 

O criptorquidismo pode se tornar uma condição preocupante, especialmente se não for tratado no momento adequado. 

Embora muitos casos de criptorquidismo se resolvam naturalmente nos primeiros meses de vida, quando o testículo não desce sozinho, é importante procurar acompanhamento de um uropediatra especialista em criptorquidia. 

Quais são as Consequência do Criptorquidismo em Bebê?

Aqui estão alguns dos possíveis riscos e consequências de não tratar o criptorquidismo:

Diminuição de testosterona

A principal consequência do criptorquidismo é a redução dos níveis de testosterona no corpo, o que pode prejudicar o desenvolvimento normal das características sexuais secundárias do bebê. Isso pode resultar em alterações na voz e um atraso na puberdade. 

A falta de testosterona também pode impactar a densidade óssea do bebê, aumentando o risco de fraturas e inflamações.

Infertilidade

Um dos principais riscos do criptorquidismo é o comprometimento da fertilidade futura. 

O desenvolvimento testicular depende de estar na bolsa escrotal, onde a temperatura é mais baixa que a do corpo. 

Quando o testículo permanece no abdômen, ou na virilha, a temperatura mais alta pode prejudicar a produção de esperma, afetando a fertilidade no futuro. O risco de infertilidade aumenta se ambos os testículos (criptorquidismo bilateral) não tiverem descido.

Maior risco de câncer testicular

O criptorquidismo está associado a um risco aumentado de câncer testicular, especialmente se o testículo não for posicionado corretamente até a puberdade. 

Mesmo após o tratamento, essa condição exige acompanhamento médico a longo prazo para monitorar a saúde testicular.

A detecção precoce e o tratamento ajudam a reduzir esse risco, mas ainda assim é necessário ficar atento durante a vida adulta.

Torção testicular

Um testículo não descido tem maior probabilidade de sofrer torção, uma condição em que o testículo gira em torno de si mesmo, comprometendo o fluxo sanguíneo. 

A torção testicular é uma emergência médica que pode causar dor intensa e, se não tratada rapidamente, pode resultar na perda do testículo.

Hérnia inguinal

Bebês com criptorquidismo têm maior risco de desenvolver hérnia inguinal, que ocorre quando parte do intestino se projeta pela abertura da parede abdominal. 

A hérnia pode ser dolorosa e geralmente requer intervenção cirúrgica.

Impacto no desenvolvimento testicular

A posição inadequada do testículo pode interferir em seu desenvolvimento normal, levando a um testículo subdesenvolvido ou atrofiado. 

Isso pode afetar tanto a função reprodutiva quanto a aparência física da bolsa escrotal.

Problemas psicológicos

Em alguns casos, a aparência anormal da bolsa escrotal pode afetar a autoestima e o bem-estar psicológico da criança à medida que ela cresce. 

Isso é mais comum em casos não tratados, onde a ausência do testículo é perceptível.

A importância do tratamento precoce

Embora o criptorquidismo possa parecer preocupante, o tratamento precoce, geralmente por meio de uma cirurgia chamada orquidopexia, pode resolver a maioria dos casos com sucesso.

Idealmente, a cirurgia é realizada entre os 6 e 12 meses de idade, o que ajuda a preservar a fertilidade e reduzir o risco de complicações a longo prazo.

Com o acompanhamento adequado, muitos dos riscos associados ao criptorquidismo podem ser minimizados, proporcionando ao bebê um desenvolvimento saudável.

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Conclusão

O criptorquidismo é uma condição que, se não tratada adequadamente, pode levar a diversas consequências sérias. A detecção precoce e o tratamento são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar do seu bebê. 

Se você suspeita que seu filho possa ter criptorquidismo, ou deseja mais informações sobre essa condição, não hesite em buscar orientação profissional. 

Agende uma consulta com o uropediatra Dr. Bruno Cezarino, especialista em criptorquidismo e orquidopexia em bebês, para garantir o melhor cuidado e tratamento possível.

Uropediatria

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