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Dilatação dos Rins: O Que É e Como Se Manifesta em Crianças

Entenda o Que Significa a Dilatação Dos Rins, Por Que Ela Acontece e Quando é Sinal de Alerta em Crianças.

A dilatação dos rins em crianças é uma condição que costuma gerar apreensão nos pais, especialmente quando aparece em exames de ultrassom de rotina. 

Embora o termo soe preocupante, é importante saber que nem sempre essa alteração representa algo grave. Em muitos casos, a dilatação pode desaparecer sozinha, mas também pode indicar a necessidade de acompanhamento urológico.

Neste artigo, você vai entender o que acontece quando o rim dilata, como identificar os sinais em crianças, quais são as possíveis causas, e quando o tratamento é necessário. 

O objetivo é ajudar você, pai ou mãe, a compreender melhor essa condição e a buscar o cuidado adequado.

Continue a leitura para saber mais! 

O Que Acontece Quando o Rim Dilata?

O rim tem a função de filtrar o sangue, eliminando as impurezas e o excesso de líquidos por meio da urina. Quando ocorre a dilatação dos rins, também chamada de hidronefrose, significa que o rim está mais “cheio” do que o normal, devido a um acúmulo de urina.

Esse acúmulo geralmente acontece quando há alguma obstrução ou dificuldade no escoamento da urina, o que aumenta a pressão dentro do órgão e causa o inchaço. 

A dilatação pode afetar um ou ambos os rins e ser leve, moderada ou grave, dependendo do grau de acúmulo.

Nos exames de imagem, como o ultrassom, o médico identifica essa alteração e avalia se é algo passageiro ou se requer acompanhamento mais próximo com o urologista pediátrico.

Caso seu filho tenha apresentado dilatação nos rins em um ultrassom, agende uma avaliação com um urologista pediátrico especializado. 

O diagnóstico precoce faz toda a diferença no acompanhamento e tratamento.

Quais São os Graus de Dilatação dos Rins?

A dilatação dos rins é classificada em graus conforme o nível de acúmulo de urina e a alteração observada no ultrassom. 

Essa classificação ajuda o médico a entender a gravidade do quadro e definir o tipo de acompanhamento necessário.

Os graus geralmente vão de 1 a 4, sendo:

Grau 1: Dilatação dos Rins Leve

É o estágio mais brando. O rim apresenta apenas um pequeno aumento no espaço interno (pelve renal), sem afetar a estrutura mais profunda.

Na maioria das vezes, esse grau de dilatação melhora espontaneamente com o crescimento da criança, sem necessidade de tratamento cirúrgico.

Acompanhamento com ultrassons periódicos costuma ser suficiente.

Grau 2: Dilatação dos rins moderada

Há um acúmulo maior de urina, com leve alargamento dos cálices renais (regiões internas do rim).

Nesse estágio, o especialista observa o caso com mais atenção, pois pode haver risco de infecções urinárias ou refluxo vesicoureteral.

Podem ser indicados exames complementares e, em alguns casos, uso de antibióticos preventivos.

Grau 3: Dilatação dos Rins Acentuada

O rim já apresenta dilatação visível da pelve e dos cálices, com pressão maior sobre o tecido renal.

Esse quadro exige avaliação detalhada com exames funcionais, como cintilografia renal, para verificar se o rim está trabalhando normalmente.

Pode ser necessário tratamento cirúrgico, dependendo da causa.

Grau 4: Dilatação dos Rins Grave

É o grau mais avançado, em que há grande acúmulo de urina e afinamento do tecido renal, indicando sofrimento do órgão.

Nesses casos, o tratamento cirúrgico costuma ser indispensável para restaurar o fluxo urinário e preservar a função do rim.

O acompanhamento próximo com um urologista pediátrico, como o Dr. Bruno Cezarino, é essencial.

Como Se Manifesta a Dilatação nos Rins em Crianças?

Muitas vezes, a dilatação dos rins é descoberta ainda durante a gestação, em exames de ultrassom pré-natal. 

Essa forma é chamada de dilatação renal fetal, e pode desaparecer sozinha após o nascimento, dependendo da causa e da intensidade.

Quando a dilatação aparece após o nascimento, os sintomas podem variar.

Em casos leves, a criança pode não apresentar nenhum sinal. 

Já nas formas mais acentuadas, é possível observar:

  • Infecções urinárias recorrentes;
  • Febre sem causa aparente;
  • Dor abdominal ou lombar;
  • Dificuldade ou dor ao urinar;
  • Urina com odor forte, escura ou com sangue;
  • Atraso no ganho de peso ou irritabilidade constante.

Esses sinais merecem atenção, pois podem indicar que o rim está sofrendo com o acúmulo de urina e precisa de acompanhamento médico imediato.

O Que Pode Causar Dilatação dos Rins em Crianças?

As causas da dilatação dos rins variam conforme a idade da criança e o ponto do sistema urinário onde há a obstrução. 

Algumas das causas mais comuns incluem:

1. Estreitamento da junção pieloureteral (JUP)

É uma das causas mais frequentes em bebês. Ocorre quando há uma dificuldade na passagem da urina do rim para o ureter, o que leva ao acúmulo dentro do rim.

2. Refluxo vesicoureteral (RVU)

Nesse caso, a urina que deveria ir da bexiga para fora do corpo acaba voltando para os ureteres e rins. Esse refluxo pode causar infecções urinárias e, a longo prazo, prejudicar o funcionamento renal.

3. Cálculos urinários

Embora mais raros em crianças, os cálculos (pedras nos rins) também podem obstruir o fluxo urinário e causar dilatação.

4. Infecções do trato urinário

Infecções repetidas podem inflamar e comprometer o funcionamento do sistema urinário, levando à dilatação temporária dos rins.

5. Alterações anatômicas congênitas

Algumas crianças nascem com pequenas alterações estruturais que dificultam a passagem da urina. Essas condições costumam ser detectadas nos primeiros exames de imagem e monitoradas ao longo do crescimento.

O acompanhamento com um urologista pediátrico é essencial para identificar a causa exata e definir o melhor plano de tratamento.

A Dilatação dos Rins em Crianças É Perigosa?

Nem sempre. 

A gravidade da dilatação depende da causa e do grau de comprometimento do rim. Em muitos casos, especialmente quando leve, o rim continua funcionando normalmente e a dilatação pode regredir com o tempo.

No entanto, quando a obstrução é significativa ou não é tratada, pode haver prejuízo na função renal. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental, mesmo quando os sintomas parecem leves.

O perigo está em ignorar o problema, já que, silenciosamente, o rim pode estar sendo afetado. 

Exames de imagem e laboratoriais ajudam a avaliar se o rim está preservado ou se há sinais de sofrimento.

Principais Riscos da Dilatação dos Rins

A dilatação não tratada pode trazer consequências sérias, especialmente quando o diagnóstico e o acompanhamento são tardios. 

Entre os principais riscos estão:

  • Perda parcial ou total da função renal;
  • Infecções urinárias recorrentes e febris;
  • Cicatrizes renais permanentes;
  • Atraso no crescimento infantil, quando o problema interfere no bem-estar geral da criança;
  • Necessidade de cirurgias mais complexas, caso o tratamento seja adiado por muito tempo.

Esses riscos mostram a importância do diagnóstico precoce e do monitoramento constante. Felizmente, a maioria dos casos pode ser acompanhada de forma conservadora, com excelente prognóstico.

Tem Como Tratar a Dilatação dos Rins em Crianças?

Sim, e o tratamento varia conforme a causa e o grau da dilatação. 

Em muitos casos leves, o médico opta apenas por observar e acompanhar com ultrassons periódicos, avaliando se há melhora espontânea.

Quando o problema é causado por refluxo vesicoureteral leve, pode ser indicado o uso de antibióticos preventivos, para evitar infecções urinárias recorrentes.

Já nos casos mais graves, em que há obstrução significativa, o tratamento pode envolver cirurgia corretiva, como a pieloplastia, que tem como objetivo restaurar o fluxo normal da urina e preservar o rim. 

Esse tipo de procedimento é seguro e, quando realizado por equipe especializada, costuma apresentar ótimos resultados.

Durante o acompanhamento, o médico pode solicitar exames como:

  • Ultrassonografia renal;
  • Uretrocistografia miccional (UCM);
  • Cintilografia renal, para avaliar o funcionamento de cada rim;
  • Exames laboratoriais de urina e sangue.

Essas avaliações ajudam a definir o melhor caminho de tratamento, garantindo que o rim continue saudável.

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Conclusão

A dilatação dos rins em crianças é uma condição relativamente comum, e embora possa causar preocupação, nem sempre é sinal de algo grave. 

O mais importante é não ignorar o diagnóstico e manter o acompanhamento regular com o urologista pediátrico, que saberá identificar a causa e indicar o melhor tratamento.

Com o cuidado certo e acompanhamento médico contínuo, a maioria das crianças evolui muito bem, preservando a função renal e levando uma vida saudável e ativa.

Se o ultrassom do seu filho mostrou dilatação dos rins, agende uma consulta com o Dr. Bruno Cezarino, especialista em urologia pediátrica. 

O diagnóstico e o acompanhamento adequados são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar da criança a longo prazo. 

Uropediatria

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