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Hidronefrose Congênita em Bebês: Entenda os Riscos

Reconheça os Sinais de Hidronefrose Congênita, Entenda Os Possíveis Riscos em Bebês e Como Lidar

O diagnóstico de qualquer condição em um bebê, especialmente nos primeiros dias, ou meses de vida, é um momento delicado para os pais. Em meio a tantas descobertas e cuidados, ouvir termos médicos como “hidronefrose congênita” pode gerar dúvidas, insegurança e preocupação. Afinal, o que isso significa na prática? Essa condição oferece riscos reais à saúde do seu bebê? Vai precisar de cirurgia? E como saber se o caso é grave?

A hidronefrose congênita é uma das alterações mais comuns detectadas durante o pré-natal, ou nos primeiros meses, após o nascimento. Embora muitas vezes seja benigna e resolutiva, em alguns casos ela pode evoluir, exigindo acompanhamento médico criterioso e, eventualmente, intervenção cirúrgica.

Este artigo foi pensado para te ajudar a entender, de forma clara e acessível, o que é a hidronefrose congênita, como ela se manifesta em bebês, os sinais que merecem atenção e quais os riscos associados. 

Se você é mãe, pai ou responsável por um recém-nascido e está lidando com esse diagnóstico, continue a leitura com calma — aqui, você encontrará as informações que precisa para tomar decisões com segurança e tranquilidade.

O que a Hidronefrose Congênita Pode Causar em Bebês?

A hidronefrose congênita é caracterizada pela dilatação dos rins do bebê devido ao acúmulo de urina, geralmente causada por uma obstrução parcial ou total em alguma parte do trato urinário. Isso impede que a urina escoe adequadamente da pelve renal para a bexiga, gerando acúmulo de líquido nos rins. 

O termo “congênita” indica que essa alteração se desenvolveu durante a gestação, antes mesmo do nascimento.

Essa condição pode afetar um dos rins (hidronefrose unilateral) ou ambos (hidronefrose bilateral). Embora muitos casos sejam transitórios e melhorem sem intervenção, a hidronefrose também pode, em situações mais severas, comprometer a função renal, impactar o desenvolvimento do sistema urinário e aumentar o risco de infecções urinárias recorrentes.

Por isso, é fundamental que o bebê seja avaliado por um urologista pediátrico, que vai acompanhar a evolução do quadro e indicar a melhor conduta.

Quais os Sintomas de Hidronefrose Congênita em Bebês?

Na maior parte dos casos, a hidronefrose congênita é silenciosa, ou seja, não provoca sintomas evidentes nos primeiros dias de vida. Em muitos bebês, ela é detectada ainda durante a gestação, por meio da ultrassonografia pré-natal. No entanto, quando o quadro é mais expressivo ou quando a criança nasce sem o diagnóstico pré-natal, alguns sinais podem surgir.

Fique atento(a) a sintomas como:

  • Aumento do volume abdominal (percebido durante o banho ou troca de fraldas);
  • Dificuldade para urinar ou jato urinário fraco;
  • Urina com odor forte, cor escura ou presença de sangue;
  • Episódios recorrentes de febre sem causa aparente, que podem indicar infecção urinária;
  • Irritabilidade inexplicada, especialmente durante a micção;
  • Falta de ganho de peso ou crescimento abaixo do esperado;
  • Vômitos persistentes, associados à febre e desconforto abdominal.

Nos casos mais graves, a dor abdominal ou lombar pode estar presente, mas nem sempre o bebê consegue expressar esse desconforto de forma clara, o que torna a observação cuidadosa dos pais essencial.

Se você identificou um ou mais desses sinais no seu filho, agende uma consulta com um urologista pediátrico o quanto antes. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento e no prognóstico da hidronefrose congênita.

Quando a Hidronefrose Congênita em Bebês é Grave?

Nem toda hidronefrose congênita representa um risco grave. Na verdade, em muitos casos, especialmente quando a dilatação renal é leve, o rim do bebê continua funcionando normalmente e o quadro pode se resolver com o tempo, sem a necessidade de intervenção médica mais invasiva. Isso significa que muitos bebês com hidronefrose congênita são apenas acompanhados com exames periódicos e evoluem muito bem com o passar dos meses.

Por outro lado, a condição merece atenção especial quando apresenta sinais de maior comprometimento. Tais como:

  • A dilatação renal é moderada ou severa; 
  • Há comprometimento da função renal; 
  • Existe obstrução significativa no trato urinário; 
  • A hidronefrose está associada a refluxo vesicoureteral (quando a urina volta da bexiga para os rins); 
  • O bebê apresenta infecções urinárias recorrentes; 
  • Há alterações bilaterais (nos dois rins). 

O grau de gravidade da hidronefrose é determinado por exames de imagem, especialmente a ultrassonografia e, em alguns casos, a cintilografia renal ou a uretrocistografia miccional. O acompanhamento regular com um especialista em urologia infantil é essencial para avaliar o desenvolvimento da condição e tomar decisões em tempo oportuno.

Quais os Riscos da Hidronefrose Congênita em Bebês?

Embora muitos casos de hidronefrose congênita desapareçam espontaneamente, é fundamental compreender que, quando não tratada de forma adequada, essa condição pode trazer riscos importantes à saúde do bebê. Entre eles, destacam-se a perda parcial ou total da função renal, infecções urinárias recorrentes com febre e desconforto, além da possibilidade de formação de cicatrizes nos rins, o que pode comprometer seu funcionamento a longo prazo.

Outros riscos incluem o desenvolvimento de hipertensão arterial na infância e prejuízos ao crescimento normal do sistema urinário. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento com um especialista são essenciais para evitar complicações e garantir um tratamento seguro e eficaz.

A Hidronefrose Congênita em Bebês Precisa de Cirurgia?

Nem todos os casos de hidronefrose congênita em bebês exigem cirurgia. Em situações leves, o tratamento pode se limitar ao acompanhamento clínico, com monitoramento periódico por meio de exames de imagem. No entanto, quando a condição apresenta sinais de obstrução significativa, queda na função renal, infecções urinárias recorrentes ou refluxo vesicoureteral de grau elevado, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.

A avaliação clínica com um urologista pediátrico é fundamental para definir a melhor conduta. É esse acompanhamento que permite identificar, no tempo certo, a real necessidade de cirurgia. 

Com o olhar atento de um especialista, é possível garantir o desenvolvimento saudável do sistema urinário do bebê e evitar complicações futuras.

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Conclusão

Entender a hidronefrose congênita em bebês e seus riscos é fundamental para garantir o cuidado adequado desde os primeiros meses de vida. Embora muitos casos possam ser monitorados com tranquilidade, é essencial reconhecer quando a condição exige atenção especial, acompanhamento rigoroso e, em alguns casos, intervenção médica. O diagnóstico precoce e o acompanhamento por um especialista em urologia pediátrica são decisivos para proteger a saúde renal do seu filho e evitar complicações futuras.

Se você recebeu o diagnóstico de hidronefrose congênita para seu bebê ou perceber qualquer sinal de alerta, não deixe para depois. 

Agende uma consulta com o Dr. Bruno Cezarino, especialista em urologia pediátrica, e tenha a segurança de um acompanhamento cuidadoso e personalizado para o seu filho. Cuidar cedo é garantir um futuro saudável.

Uropediatria

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