Orquidopexia Bilateral: Como é realizada a cirurgia e quais os riscos?
Como a orquidopexia bilateral pode auxiliar no tratamento?
Muitos bebês e crianças podem ser diagnosticados com posição anormal dos testículos, a interferência cirúrgica é de extrema importância, visto que podem causar danos futuros à sua saúde reprodutiva.
Neste artigo abordaremos com detalhes a respeito da orquidopexia bilateral e sua contribuição no tratamento de casos de criptorquidia.
O que é orquidopexia bilateral?
A orquidopexia bilateral é um procedimento cirúrgico comum que foi desenvolvido para tratar a doença congênita conhecida como criptorquidia. Esta doença surge quando um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal durante o processo de desenvolvimento na barriga da mãe antes de o bebê nascer.
O objetivo da orquidopexia bilateral é reposicionar os testículos para baixo, permitindo-lhes descer na bolsa escrotal.
Como é realizada a cirurgia de orquidopexia bilateral?
Toda criança a ser submetida à cirurgia precisa de anestesia geral. No entanto, a anestesia vem acompanhada de bloqueio anestésico local diminuindo a necessidade de anestesia geral e fazendo a criança acordar mais cedo do procedimento.
Em seguida, o cirurgião expõe o testículo, identificando-o através da palpitação. O testículo é removido do local de retenção, habitualmente na região inguinal, e é movimentado para dentro do escroto. A remoção do gubernáculo é geralmente realizada para melhorar a mobilidade do testículo.
Terminado o procedimento, é feita a sutura cutânea e o escroto é coberto com curativos estéreis para evitar infecções.Habitualmente utilizamos uma cola de cirurgia plástica chamada Dermabond que facilita a cicatrização.
A cirurgia de orquidopexia bilateral é um procedimento seguro e eficaz para a reposição do testículo no saco escrotal. Garante a preservação dos testículos e impede que eles desçam novamente para a região inguinal.
Quais os cuidados pós-operatórios da orquidopexia bilateral?
Após a realização da orquidopexia bilateral, é importante seguir os cuidados pós-operatórios recomendados pelo médico para garantir uma recuperação adequada.
Aqui estão alguns cuidados comuns após uma orquidopexia bilateral:
- Repouso: é importante descansar e evitar atividades físicas durante pelo menos uma semana após a cirurgia.
- Cuidados com a incisão: é fundamental manter a área da incisão limpa e seca. Siga as instruções do médico em relação à limpeza da incisão e à troca de curativos, se necessário.
- Analgésicos: o médico pode prescrever medicamentos para aliviar a dor e o desconforto após a cirurgia.
- Uso de roupas íntimas adequadas: use cuecas de suporte ou roupas íntimas que forneçam suporte adequado aos testículos, como cuecas boxer, para ajudar a reduzir o inchaço e o desconforto.
- Evitar atividades que aumentem a pressão abdominal: como levantar objetos pesados, tossir excessivamente ou fazer esforço para evacuar, podem causar desconforto após a orquidopexia bilateral.
- Dieta adequada: mantenha uma alimentação saudável e equilibrada para promover a cicatrização adequada e fortalecer o sistema imunológico.
- Acompanhamento médico: siga as orientações do médico em relação ao acompanhamento pós-operatório, incluindo consultas de acompanhamento e exames de acompanhamento.
Evitar banhos quentes: evite banhos quentes por alguns dias após a cirurgia para prevenir infecções e promover a cicatrização adequada. É importante seguir todas as instruções e recomendações do médico para garantir uma recuperação adequada após a orquidopexia bilateral. Caso você tenha dúvidas ou preocupações durante este processo, entre em contato com o seu médico!
Quais os riscos associados à orquidopexia bilateral?
Embora o procedimento seja usualmente seguro, existem alguns riscos associados à orquidopexia bilateral. A chance de complicações também depende dos cuidados pré e pós-cirúrgicos do paciente, do histórico médico e do nível de experiência do cirurgião.
O principal risco desta cirurgia é postergar o procedimento, já que podemos aumentar riscos de tumores e infertilidade caso a cirurgia não seja realizada até cerca de 1 ano de vida da criança.
Conclusão:
Se você tem qualquer dúvida sobre a orquidopexia bilateral, não hesite em entrar em contato com o Dr. Bruno Cezarino, médico urologista infantil especializado na área. Ele estará à disposição para esclarecer qualquer dúvida e ajudá-lo a tomar a melhor decisão para o tratamento do seu filho.