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Testículo Não Desceu? Entenda Causas e Riscos em Crianças

O Testículo do seu filho não desceu? Entenda as condições, os riscos envolvidos e o que Fazer.

Quando os pais percebem algo diferente na região íntima de seus filhos, é natural que surjam dúvidas e preocupações. 

Uma das situações que mais gera inquietação é quando o testículo não desceu, condição conhecida como criptorquidia.

Esse problema é relativamente comum em recém-nascidos do sexo masculino, especialmente nos prematuros, e exige atenção médica, pois pode trazer implicações para o desenvolvimento, fertilidade e até para a saúde futura da criança.

Neste artigo, você vai entender o que significa o testículo não ter descido, as possíveis causas, os riscos associados e o que fazer ao identificar o problema. 

O objetivo é ajudar mães e pais a reconhecerem os sinais precocemente e buscarem o acompanhamento adequado com um urologista infantil.

Sumário 

Testículo Não Desceu: O que isso significa?

Quanto tempo leva para o testículo descer?

Por que o testículo não desceu?

1. Fatores hormonais

2. Alterações anatômicas

3. Prematuridade

4. Testículo retrátil

Quais os riscos do testiculo que não desceu para crianças?

1. Problemas de fertilidade

2. Risco aumentado de câncer de testículo

3. Torção testicular

4. Trauma e dor

5. Alterações estéticas e psicológicas

Testículo Não Desceu: O que Fazer?

1. Acompanhamento inicial

2. Tratamento hormonal

3. Cirurgia (Orquidopexia)

4. Seguimento pós-cirúrgico

Conclusão

Testículo Não Desceu: O que isso significa?

Durante a gestação, os testículos se formam dentro do abdômen do bebê e, normalmente, descem para o escroto (a bolsa testicular) nas últimas semanas da gravidez. Esse processo é natural e faz parte do desenvolvimento genital masculino.

Quando o testículo não desceu, significa que ele permaneceu dentro do abdômen ou parou no meio do caminho,  região da virilha, por exemplo. 

Essa condição recebe o nome médico de criptorquidia e pode afetar um ou ambos os testículos.

Cerca de 3% a 5% dos meninos nascem com o testículo não descido, mas, em muitos casos, ele pode descer espontaneamente nos primeiros meses de vida. 

Ainda assim, quando isso não ocorre até o tempo adequado, o acompanhamento com o urologista pediátrico torna-se essencial.

Se você suspeita que o testículo do seu filho não desceu, agende uma avaliação com um urologista infantil o quanto antes.

O diagnóstico precoce faz toda a diferença.

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Quanto tempo leva para o testículo descer?

O momento em que o testículo desce varia conforme o desenvolvimento do bebê. 

Em geral, a descida ocorre no último trimestre da gestação, e a maioria dos recém-nascidos a termo já apresenta os dois testículos no escroto ao nascer.

Nos casos em que o bebê nasce prematuro, é mais comum que o testículo ainda não tenha completado o trajeto.

Porém, até o sexto mês de vida, muitos meninos experimentam a descida espontânea dos testículos, sem necessidade de intervenção.

Passado esse período, se o testiculo não desceu, dificilmente ele descerá sozinho.

Nesses casos, o médico pode solicitar exames e recomendar o tratamento adequado.

É importante destacar que o atraso no diagnóstico e tratamento pode aumentar os riscos de complicações, por isso os pais devem ficar atentos às consultas de rotina e aos exames pediátricos.

Não espere o tempo passar. 

Caso perceba que o testículo não está visível no escroto após os 6 meses de idade, procure um especialista.

Por que o testículo não desceu?

A descida dos testículos é um processo complexo, que envolve fatores hormonais, anatômicos e genéticos. 

Quando o testiculo não desceu, o problema pode estar relacionado a:

1. Fatores hormonais

Durante o desenvolvimento fetal, os hormônios (principalmente os androgênios) estimulam a descida dos testículos.

Qualquer alteração hormonal nesse período pode impedir ou atrasar o processo.

2. Alterações anatômicas

Alguns bebês apresentam problemas estruturais, como um canal inguinal estreito ou anomalias no cordão espermático, que dificultam a passagem do testículo até o escroto.

3. Prematuridade

Bebês prematuros têm maior risco, pois a descida testicular geralmente acontece nas últimas semanas de gestação.

4. Testículo retrátil

É importante diferenciar o testículo não descido do testículo retrátil, uma condição benigna em que o testículo sobe temporariamente para a virilha, mas pode ser facilmente palpado e retornar ao escroto. 

Esse caso costuma se resolver sem cirurgia, com o crescimento da criança.

Somente o urologista infantil pode diferenciar entre testículo retrátil e testículo não descido. 

O diagnóstico correto é fundamental para definir o tratamento adequado.

Quais os riscos do testículo que não desceu para crianças?

Ignorar ou adiar o tratamento da criptorquidia pode gerar consequências importantes para a saúde da criança a curto e longo prazo. 

Veja os principais riscos:

1. Problemas de fertilidade

O testículo precisa estar na bolsa escrotal para funcionar corretamente, pois a temperatura ideal para produção de espermatozoides é um pouco mais baixa do que a temperatura corporal.

Quando o testiculo não desceu, ele fica em um ambiente mais quente (no abdômen ou na virilha), o que pode prejudicar a formação e a qualidade dos espermatozoides, levando à infertilidade no futuro.

2. Risco aumentado de câncer de testículo

A permanência prolongada do testículo fora do escroto está associada a um maior risco de desenvolver câncer testicular. 

Embora seja um tipo de câncer raro, essa relação é bem documentada pela literatura médica.

3. Torção testicular

O testículo não descido pode torcer-se sobre seu próprio eixo, interrompendo o fluxo sanguíneo, condição dolorosa e emergencial chamada torção testicular, que requer cirurgia imediata.

4. Trauma e dor

Quando o testículo está em posição anômala (como na virilha), ele pode sofrer traumas com maior facilidade, causando dor e inflamação local.

5. Alterações estéticas e psicológicas

Além dos aspectos médicos, há também implicações emocionais. 

A ausência de um ou ambos os testículos no escroto pode gerar insegurança e desconforto psicológico à medida que a criança cresce, especialmente na adolescência.

Detectar e tratar o testículo não descido precocemente evita complicações e garante o desenvolvimento saudável da criança.

Testículo Não Desceu: O que Fazer?

Ao perceber que o testículo não está no escroto, o primeiro passo é buscar avaliação médica com um urologista pediátrico. 

O profissional irá realizar um exame físico detalhado, que pode incluir ultrassonografia ou outros exames de imagem para localizar o testículo e verificar sua condição.

1. Acompanhamento inicial

Nos primeiros meses de vida, o médico pode optar por apenas observar o caso, já que há chance de o testículo descer espontaneamente até os 6 meses de idade.

2. Tratamento hormonal

Em algumas situações, o especialista pode prescrever tratamento hormonal com gonadotrofina coriônica humana (hCG) ou outros medicamentos, com o objetivo de estimular a descida do testículo. 

Esse tipo de tratamento é indicado em casos selecionados e sob rigoroso acompanhamento.

3. Cirurgia (Orquidopexia)

Quando o testículo não desce naturalmente, o tratamento de escolha é cirúrgico. 

A orquidopexia é um procedimento realizado por um urologista infantil, com o objetivo de reposicionar o testículo na bolsa escrotal.

O ideal é que a cirurgia ocorra entre os 6 e 18 meses de idade, pois quanto mais cedo for realizada, maiores são as chances de preservação da fertilidade e menor o risco de complicações futuras.

4. Seguimento pós-cirúrgico

Após a cirurgia, o acompanhamento periódico é essencial. 

O médico avalia o crescimento, a função e a posição do testículo, garantindo que tudo esteja evoluindo bem.

Se o testículo do seu filho não desceu até os 6 meses, procure um urologista infantil.

O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para evitar riscos e garantir o desenvolvimento saudável.

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Conclusão

O testículo que não desceu é uma condição que exige atenção e cuidado. 

Embora muitos casos se resolvam espontaneamente, é fundamental que os pais fiquem atentos ao desenvolvimento do bebê e procurem um urologista infantil caso percebam qualquer alteração.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, seja com acompanhamento, hormonioterapia ou cirurgia, são decisivos para prevenir problemas de fertilidade, reduzir o risco de câncer e garantir o bem-estar físico e emocional da criança.

Notou que o testículo do seu filho não está visível ou palpável no escroto? 

Entre em contato com um urologista pediátrico, como o Dr. Bruno Cezarino, e agende uma avaliação especializada.

A saúde do seu filho merece atenção desde cedo, procure orientação médica e garanta um desenvolvimento saudável e tranquilo.

Uropediatria

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