Ureterocele: O Que É e Causas Mais Comuns em Crianças
Saiba O Que É Ureterocele, Seus Principais Tipos e As Principais Causas da Ureterocele em Crianças
Receber o diagnóstico de uma alteração no sistema urinário do filho pode ser um momento de insegurança e muitas perguntas. Afinal, como pais, desejamos que nossos filhos cresçam saudáveis e sem complicações. Quando o médico menciona o termo ureterocele, é natural que surjam dúvidas: o que significa, quais os riscos, se existe tratamento e como isso pode afetar a vida da criança.
A ureterocele é uma condição rara, mas que pode ser identificada ainda nos primeiros anos de vida, e, em alguns casos, até mesmo durante a gestação. Apesar de causar preocupação, é importante destacar que a medicina dispõe de recursos eficazes para diagnosticar, acompanhar e tratar essa alteração.
Neste artigo, você vai entender de forma clara e acolhedora o que é ureterocele, os tipos mais comuns em crianças, suas causas, possíveis consequências e como é feito o tratamento. O objetivo é oferecer informação confiável, para que você se sinta mais tranquilo e preparado para conversar com o uropediatra sobre os próximos passos.
O que é Ureterocele em Crianças?
A ureterocele é uma malformação congênita, ou seja, está presente desde o nascimento. Ela ocorre quando a extremidade do ureter (o canal que leva a urina do rim até a bexiga) sofre uma dilatação anormal ao entrar na bexiga.
Essa dilatação forma uma espécie de “bolsa” ou “cisto” dentro ou próximo da bexiga, o que pode atrapalhar o fluxo normal da urina. Em alguns casos, a ureterocele é pequena e não causa grandes problemas; em outros, pode levar a sintomas mais sérios, como infecções urinárias de repetição e prejuízo ao funcionamento dos rins.
Nos bebês, a ureterocele pode ser identificada em exames de imagem realizados ainda durante a gestação, como a ultrassonografia pré-natal. Já em crianças maiores, geralmente é descoberta quando o pediatra investiga sintomas urinários frequentes.
Se o seu filho recebeu esse diagnóstico, não se desespere. Com acompanhamento de um uropediatra, é possível encontrar o tratamento mais adequado e garantir qualidade de vida à criança.
Quais são os tipos de Ureterocele em Crianças?
Nem toda ureterocele é igual. Existem classificações que ajudam o médico a entender a gravidade e a planejar o tratamento adequado. Conhecer esses tipos também ajuda os pais a compreenderem melhor o diagnóstico.
Ureterocele Intravesical
Também chamada de ureterocele ortotópica, ocorre quando a dilatação fica totalmente dentro da bexiga. Por não ultrapassar esse limite, costuma ser considerada menos grave e, na maioria das vezes, não compromete de forma significativa o fluxo da urina. Em muitos casos, a criança não apresenta sintomas significativos, e a conduta do médico é apenas acompanhar a evolução com exames periódicos, garantindo que não surjam complicações ao longo do tempo.
Ureterocele Ectópica
Nesse tipo, a dilatação se estende além da bexiga, podendo alcançar a uretra ou o colo vesical. É mais comum em meninas e, por sua localização, tende a provocar sintomas mais evidentes. Crianças com ureterocele ectópica podem ter maior dificuldade para urinar, sensação de bexiga não esvaziada completamente ou apresentar infecções urinárias repetidas. Como envolve estruturas além da bexiga, geralmente requer atenção especial do uropediatra.
Ureterocele Unilateral
A ureterocele unilateral afeta apenas um dos ureteres, seja o direito ou o esquerdo. Muitas vezes, é descoberta em exames de rotina, quando os pais investigam outro problema ou realizam acompanhamento preventivo. O impacto depende do tamanho da dilatação: casos pequenos podem não causar sintomas, enquanto dilatações maiores podem interferir no escoamento da urina e levar a infecções urinárias.
Ureterocele Bilateral
Mais rara, a ureterocele bilateral acontece quando os dois ureteres apresentam dilatação. Esse tipo costuma gerar maior preocupação porque pode comprometer o funcionamento de ambos os rins, o que exige acompanhamento constante e cuidadoso. Nessas situações, o tratamento precisa ser bem planejado, para evitar prejuízos à função renal e garantir a saúde urinária da criança.
Ureterocele Simples
A ureterocele simples ocorre quando a dilatação envolve apenas um sistema urinário, ou seja, um rim e o seu ureter correspondente. Em comparação com outros tipos, costuma ser de manejo mais simples, já que não envolve duplicidade ou ambos os rins. Na maioria das vezes, o tratamento é menos complexo e os resultados são bastante satisfatórios.
Ureterocele Dupla
Mais complexa, a ureterocele dupla está relacionada à duplicidade do sistema coletor. Isso significa que um mesmo rim possui dois ureteres, e um deles apresenta dilatação. Essa condição aumenta o risco de complicações, como refluxo de urina e infecções, exigindo acompanhamento mais detalhado e, em muitos casos, intervenção cirúrgica.
Saber o tipo exato de ureterocele é fundamental para entender por que o médico pode recomendar apenas acompanhamento em alguns casos e cirurgia em outros. Esse conhecimento ajuda os pais a participarem das decisões de forma mais segura e consciente.
O que causa Ureterocele em Crianças?
A ureterocele é uma condição congênita, ou seja, acontece durante a formação do bebê no útero da mãe. Isso significa que ela não é adquirida após o nascimento e também não é resultado de algo que os pais fizeram ou deixaram de fazer.
Embora a causa exata não seja totalmente conhecida, alguns fatores ajudam a explicar:
- Alterações no desenvolvimento do ureter: quando o canal que leva a urina até a bexiga não se forma corretamente.
- Obstrução parcial na entrada do ureter na bexiga: o que dificulta o escoamento da urina e leva à dilatação.
- Fatores genéticos: em alguns casos raros, há predisposição hereditária para alterações no trato urinário.
É importante destacar que a ureterocele não tem relação com a alimentação da gestante, esforços físicos ou outros hábitos do dia a dia.
Pais e mães não são culpados pela ureterocele. O mais importante agora é buscar acompanhamento especializado para garantir a saúde da criança.
A Ureterocele em Crianças é Grave?
A gravidade da ureterocele depende de vários fatores:
- O tamanho da dilatação.
- A localização (dentro ou fora da bexiga).
- Se atinge apenas um ureter ou os dois.
- Se já comprometeu a função de um ou ambos os rins.
Em muitos casos, a ureterocele é pequena e não traz grandes complicações, exigindo apenas acompanhamento. Porém, em situações mais complexas, pode dificultar o escoamento da urina, aumentar o risco de infecções e até prejudicar o rim, como mencionado anteriormente.
Por isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito cedo e que o uropediatra acompanhe de perto a evolução.
O que a Ureterocele pode causar?
Sem o acompanhamento adequado, a ureterocele pode gerar complicações que afetam a saúde da criança. Entre as principais estão:
- Infecções urinárias recorrentes: a dilatação favorece o acúmulo de urina, o que facilita a proliferação de bactérias.
- Refluxo vesicoureteral: quando a urina retorna da bexiga para o rim, aumentando o risco de infecção e danos renais.
- Danos progressivos ao rim: caso o rim fique constantemente sobrecarregado, pode perder parte da sua função.
- Sintomas urinários: como dor ao urinar, dificuldade para esvaziar a bexiga, jato urinário fraco ou até perda involuntária de urina.
Se o seu filho apresentar infecções urinárias frequentes ou alterações no padrão de urina, converse com o urologista pediatra experiente, como o Dr. Bruno Cezarino. Esses sinais podem estar relacionados à ureterocele.
A Ureterocele em Crianças tem Tratamento?
Sim. A ureterocele em crianças pode ser tratada, e a escolha da abordagem depende da gravidade e do impacto na saúde da criança. Nos casos mais leves, em que não há sintomas graves, o médico pode optar apenas pelo acompanhamento clínico, com consultas regulares, exames de imagem e, em algumas situações, o uso de antibióticos para prevenir infecções.
Quando a alteração é mais significativa, pode ser indicado o tratamento cirúrgico. Entre as opções estão a ressecção endoscópica, que é minimamente invasiva e corrige a obstrução, o reimplante ureteral, que reposiciona o ureter para melhorar o fluxo da urina, e, em casos mais graves, a heminefrectomia, na qual se remove a parte do rim que perdeu a função.
A decisão sobre o tratamento ideal deve sempre ser feita pelo uropediatra, considerando as características de cada caso e buscando preservar ao máximo a saúde e o bem-estar da criança.
Conclusão
A ureterocele em crianças é uma condição congênita que pode assustar no primeiro momento, mas que conta com diagnóstico e tratamento bem estabelecidos pela medicina. Embora apresente diferentes graus de complexidade, com acompanhamento de um uropediatra é possível controlar sintomas, evitar complicações e assegurar qualidade de vida.
O mais importante para os pais é buscar informação confiável, manter o acompanhamento regular e nunca adiar a avaliação médica. Dessa forma, o diagnóstico deixa de ser um peso e passa a ser um guia para o cuidado.
Se o seu filho foi diagnosticado com ureterocele, agende uma consulta com um uropediatra. O Dr. Bruno Cezarino oferece um atendimento especializado que pode fazer toda a diferença no desenvolvimento saudável e seguro da criança.